7 de fev. de 2018

07-02-2018


(Fotografia: Karlinha Ferreira)

Esse começo de ano não foi nada fácil, por um instante pensei que iria enlouquecer. Enxaquecas constantes, falta de ânimo, mas hoje algo me atingiu, palavras sempre me ajudam.
“Sou senhor do meu destino, sou capitão da minha alma”[1]
Não sei por que me sentia tão mal, não sei o porquê da falta de perspectiva, a falta de visão para um futuro diferente deste que me assombra. Mas o destino é mutável, talvez o espaço infinito que nos cerque tenham vários infinitos que nos levaram a algo mais, algo maior do que esperamos.
Sinto medo, putz, como é difícil dizer isso em voz alta, mas sinto. Sinto medo da frustração, medo de me tornar alguém que eu não conheça, medo da inércia, medo de ser a única a não me mover.
Sei que nem tudo é lógico, inclusive o medo, sei que não sou a pessoa que baixa a cabeça para as situações, mas durante muito tempo estava sendo, e digo que isso acaba hoje, serei além do que sou, e irei além do que sonho, pois sei que em algum lugar de algum modo esse vazio enorme que sinto encontrará algo com seu exato tamanho, e serei inteira outra vez.
É complicado ser alguém “quebrado” porque muitas vezes nem lembramos do primeiro golpe que nos atingiu, foi uma pancada tão forte que nosso consciente nos obrigou a esquecer. A gente sabe que está quebrado, que te faltam partes quando por mais inteiro e pleno que pareça, são apenas capas, lá dentro há um temor e terror que assola, mas serei uma capitã para minha alma e passarei a buscar aquilo que de fato me traz os mínimos instantes de paz, alegria e instiga.
Crescerei e voltarei a crescer quantas vezes forem preciso. Navegarei pelo mar dos meus sonhos e desse modo os conquistarei, um a um...
Parafraseando Renato Russo: Às vezes quero ir pra algum país distante, voltar a ser feliz.
Os infinitos são conjuntos de finitos que vivenciamos no decorrer da vida, nossos finitos podem se alinhar ao de uma outra pessoa e criar infinitos ainda maiores. Bem como podemos navegar sozinhos e criar infinitos só nossos.
Karlinha Ferreira


[1] William Ernest Henley

Nenhum comentário:

Postar um comentário