20 de out. de 2015

Buscando




Reincidente...
Falta de domínio próprio, falta de controle. O que fazer quando se perde o controle da própria mente, quando suas ações vão contra seus princípios e quando no final do dia a última pessoa que você gostaria de estar na pele fosse na sua própria.
É um desconforto descomunal, é uma necessidade de respirar, de se renovar, de renascer, mas perdida, é assim que me sinto, procurando o caminho de volta, a trilha que foi deixada ao me afastar de mim.
É ruim, doloroso, ter uma postura, e por dentro está desmoronando, como se a cada dia se perdesse uma parte, como se as convicções permanecessem, mas o resto de mim não obedecesse.
Capitã da minha alma, já dizia o poeta, gostaria que ele me contasse o segredo para retornar ao cais.
Sei que preciso voltar a me sentir à vontade na minha própria pele. Essa tem sido minha busca contínua e meu desafio constante. Não importa quanto tempo leve, mas vou retomar o controle, e serei melhor do que jamais fui, e estarei confortável sendo apenas quem sou.
Karlinha Ferreira

13 de out. de 2015

É isso





A chuva cai, e parece que vem de modo a limpar minha alma. Não sei se limpar ou se curar. Gosto das noite com chuva, e hoje ela talvez me entenda melhor do que qualquer pessoa. Somos só, a noite, a chuva e eu. Desse modo, respiro. Respiro para continuar sã.
A vida tem suas regras, eu sou apenas um coração vagando duelando com minha mente. Adoraria está em um lugar tranquilo, inebriante e distante. Percebo que esse lugar é qualquer lugar que eu possa sentir tudo com essa força, agitação, embora para alguns não faça sentido algum. Apenas pro meu espírito. Isso basta!
Divago por entre a noite chuvosa sentindo que nem sempre tenho o controle. Por mais que isso me corroa por dentro, estou começando a aprender que é natural se perder vez por outra, porém o mais importante é saber encontrar o caminho de volta.
Sempre ouvi que algumas pessoas não tinham mais jeito, talvez até eu já tenha sido alvo desse tipo de comentário, bem, isso nunca me influenciou, nunca dei a mínima, porque sei onde quero ir, e grande parte das pessoas não, e é isso que me mantem de pé. A esperança de que um dia serei/chegarei onde quiser. Já dizia minha mãe, “envergo, mas não quebro”. E não será dessa vez, nem hoje.
Tenho no peito um coração cheio de sonhos, sonhos grandes. E é isso que tem me sustentado. A loucura faz parte de mim, essa dualidade, esse espírito intenso, agressivo, e frágil.
Vou caminhando devagar, mas sempre pra frente, um passo por vez e quando menos esperar estarei no topo da montanha.
“Gosto dos pingos de chuva, dos relâmpagos e dos trovões” (Renato Russo)

Karlinha Ferreira