25 de mai. de 2018

25-05-2018

(Fotografia: Karlinha Ferreira)

“Porque eu sei que é amor, eu não peço nada em troca”
(Titãs)
É impressionante como as coisas mudam dentro de nós em fração de segundos. O amor foi feito para aqueles que amam acima de tudo a si mesmo, não adianta dar tudo de si para outrem se não tiveres isso para contigo mesmo. O amor próprio é o percursor dos demais amores.
Gosto de pensar que ninguém, absolutamente ninguém além de nós mesmos tem a capacidade de nos entender, de apaziguar o tornado gigantesco que opera dentro de nós. O outro não nos faz inteiros, precisamos ser inteiros independentemente do outro.
Amor não é se anular em detrimento do outro. Às vezes quando desistimos dos nossos sonhos por alguém, parte do que esse alguém mais admirava em nós vai junto, porque força, coragem, se erguer após cada golpe, essa qualidade de não desistir é o que faz um erguer o outro. Quando desistimos, não estamos desistindo sozinhos.
Tenho muita fé que um dia o amor seja vislumbrado como algo real e palpável, e não esse convencionalismo egoísta que pregam nas relações.
Sou romântica, e como dizem “todo romântico é louco”, pois pretendo me inundar na minha loucura e morrer nela, cada dia aprendendo e descobrindo pouco a pouco o que é esse mistério do amor.
Prefiro passar a eternidade tentando amar de forma livre, leve e insana, a morrer na mediocridade do meio termo.
“Amor com amor se paga”.
Karlinha Ferreira

10 de mai. de 2018

10-05-2018



A esperança pode vir de vários lugares, pode nascer até mesmo em meio ao caos.
Nossas mentes imediatistas nos traem constantemente, o pesadelo que vivemos diuturnamente acaba nos aproximando da loucura, não falo da loucura boa, aquela que nos conecta com o universo, falo da que nos desespera, nos atormenta de forma tão vil que não respeita sequer os mais sensatos.
Gosto de pensar no futuro, de imaginar como seria, o meu já mudou tantas vezes que nem consigo contar, alguns mudaram por escolha, outros frutos do acaso, se é que o tal existe.
Mas sinto que podemos ser arquitetos do nosso destino, embora esse queira fugir incansavelmente por nossas mãos, e quando estamos cansados, a esperança nos abandona e sem ela, não temos uma causa. Não somos mais quem somos.
O lance é conseguir alinhar nosso caminho de volta com o futuro que está a nossa espera. Ele chega tão rápido, e por vezes nos misturamos demais com outros seres ao ponto de confundir o sonho deles com o nosso próprio.
É bom sonhar, mas nos mover é preciso, é preciso saber reconhecer quem somos para entender para onde queremos ir. As asas precisam de treino para que o voo seja perfeito.
Quando a noite cai, e o amanhece chega, não raras vezes desejo ser quem sou, mesmo que em meu íntimo reconheça que há só uma fração do que eu era.
Sonho, esperança são coisas que devemos alimentar, caso contrário até aquela pequena fração some, e assim não nos restará nada, além de uma vida de lamento e solidão. Porque o que adianta viver se perdermos a nós mesmos? Não adianta. São lutas e batalhas constantes que olhando para o horizonte, já estamos derrotados, mas se decidirmos lutar uma batalha por vez talvez o titã adormecido dentro de nós venha para o mundo da realidade.
Esperança e perseverança sendo apenas quem somos. Essência não se muda, está impregnada em nós assim como as raízes estão nas árvores.  Paciência, coisa chata e em falta, mas não há caminho que nos leve aos nossos sonhos diferente deste.
Um dia o jogo vira.
Karlinha Ferreira