16 de out. de 2016

Espiritualidade e Homossexualidade

Certa vez li algo que falava sobre amor e espiritualidade, relacionando esses fatores com a homossexualidade. E o autor dizia que pessoas homossexuais poderia sim ter uma vida com Deus, desde que deixasse seus impulsos e desejos de lado.
Me pergunto, alguém pediu para nascer homossexual? Alguém se torna homossexual? Alguém tem direito de escolha?
Ao meu ver só há uma resposta para essa pergunta, NÃO!
Se uma pessoa é heterossexual e pode namorar com alguém que sinta atração, com alguém que ame e ter uma vida sexual e espiritual. Por que o homossexual tem que abrir mão do amor para ter uma espiritualidade?
O que vejo em muitas igrejas, templos... Religiões de forma geral é que, se você for gay e tiver uma vida socialmente aceitável, tudo bem. Mas se você for gay e quiser ser aceito em um ciclo religioso, isso custará tudo, sua dignidade, sua espiritualidade, seu caráter, sua fé... Esse amor não é aceito.
O que é aceito é que você, homossexual, use uma máscara, finja interesse por uma garota, case com ela e, ou você vai pra cama com ela pensando em outra pessoa, ou não vai pra cama com ela e acaba chegando há determinados limites, há a depressão, há o adultério, há o peso que é lhe imposto além. E aquela garota que você, homossexual, acha que fez bem em ficar com ela, acabou trazendo a ruína para ela também.
Se você não a procura, ela inexperiente, pensará que a culpa é dela, ela é mulher e também está passível a se sentir atraída por alguém que lhe dê mais atenção.
Penso que se cada pessoa vivesse o amor, apenas o amor, o mundo seria um lugar melhor. Não existe amor mais feio ou mais bonito, o que existe é sinceridade, verdade.
Não acredito que uma vida de sofrimento e negação seja a vida que uma força superior queira para qualquer um, pois Ele estaria sendo no mínimo injusto.
Poderiam dizer que o ser humano não foi feito para ser feliz nesse mundo, eu discordo. Acredito que as ferramentas para a felicidade estão aí, ao alcance de todos. Apenas é preciso parar de ter medo e pensar que a espiritualidade que se almeja está em lugar “a” ou “b”. E procurar fazer o bem, amar e buscar uma vida íntegra. Integridade independe de religião.
Amor é só amor. E há um amor plural. O seu modo de amar não é errado porque é diferente!
Karlinha Ferreira


P.S. Após um amigo ler o texto antes de ser publicado, me recomendou o filme “Prayers for Bobby” (Orações para Bobby), assisti e amei, desidratei e recomendo.

3 de out. de 2016

04-10-2016


Estou sinceramente assustada com o ano de 2016.
São tragédias de todos os tipos, muitos adeus sendo ditos precocemente, muitas pessoas que estão sofrendo, sendo invadidas e a única sensação que fica além da perda é a impotência. E a única pergunta que vem à mente é: quem será o próximo?
Já deu para perceber que não há uma ordem, que não há idade, apenas a partida. Apenas a dor. Sei que não estou sentindo tudo isso sozinha, mas há um turbilhão de pensamentos que nos invade.
Só almejo paz, sei que tudo tem um propósito, mas cabe a mim não entender, cabe a mim sentir raiva, dor, mágoa. E um dia talvez entender.
São vidas cheias de vida, são jovens, tão jovens. Deveríamos ter uma chance real. Hoje não consigo enxergar.
O que vejo são pessoas tentando estancar o sangramento (inclusive eu), para continuar lutando. Embora pareça que não tenhamos chance alguma.
Está doendo, está difícil. “Um dia por vez”, esse sempre foi meu lema e continua sendo. Sobrevivi por mais um dia.
Acredito que precisamos fazer o melhor que podemos, agora, não há tempo para ser bom amanhã, não há tempo para realizarmos nossos sonhos amanhã. Nosso momento é agora, é hoje. Façamos o que melhor sabemos fazer: viver!
Não ter o controle assusta, mas viver uma vida sem arrependimentos é o melhor, se preparar para perdoar amanhã, de nada vai adiantar se não pudermos chegar lá. Se for pra partir, que a partida seja leve, seja desvinculada de qualquer coisa que tire nossa paz.
Hoje mais do que nunca tudo em mim clama por vida. Uma vida bem vivida, uma vida com risco, paixão, intensidade, com amor e com compaixão. Uma vida onde eu escolho me dar uma segunda chance, de ser melhor agora. E de conquistar o mundo, porque ele é nosso!
Somos tão jovens!

Karlinha Ferreira