Em uma das minhas sessões com meu psicoterapeuta surgiu algo em que nunca havia pensado antes: qual o meu lugar de potência?
Eu tento pensar nas minhas virtudes, no fato de ser prestativa, de ser boa ouvinte, de colocar os interesses dos outros acima do meu (o que não é bem uma virtude), mas daí também penso no quanto sou errante.
Ele (o psicoterapeuta), falou acerca do meu romantismo, do quanto isso aparentava ser forte em mim, e verdade seja dita, eu sou uma pessoa que se move através das paixões preciso ser/estar apaixonada sempre, quer seja por alguém ou por algo, mas de fato apesar de ser errante a paixão, assim como o amor são sentimentos que me move.
Eu realmente sinto prazer em estar apaixonada, já falei diversas vezes que se pudesse optar em amar e ser amada, eu sempre escolheria amar. A doação, a entrega, aquele movimento que no flagramos acontecendo, assim despretensiosamente, é uma, senão, a melhor coisa da vida.
E quando ficamos mal, e temos a maturidade se nos transportar para esse lugar é algo que deixa tudo mais leve, mais tranquilo, acredito que seja liberado mais oxigênio, e é possível respirar melhor. Seria esse, o meu lugar de potência? Lugar onde existe amor? Lugar onde eu doe amor e me apaixone por coisas, pessoas e momentos?
O problema em tudo isso é quando esquecem da contrapartida do retorno, ou simplesmente de nos amarem de volta, ou quem sabe, quando faltam com a lealdade que nos foi jurada e prometida por tanto tempo, quando as verdades tornam-se mentiras, quando tudo que doamos se torna nada para quem recebe, porque cada um tem uma forma de sentir, e algumas pessoas, apenas não sabem amar.
Do Amor não abro mão. Apesar de ser errante! Sou apaixonada! Eu amo com tudo que posso e tenho. De fato meu lugar de potência é o amor.
Karlinha Ferreira