Por algum tempo me esqueci de
como os detalhes me atraem...
De como é bom apreciar as coisas
pelas quais me atraio, ouvir o que gosto, fazer coisas que talvez só eu ache
interessante e o resto da humanidade não. Mas creio que o melhor da vida está
aí, em sermos quem nós somos, sem subterfúgios.
O melhor nas coisas que nos
apetece é que em algum lugar do mundo alguém está pensando igual a nós, e se
você tiver a sorte de encontrar com esse alguém para um pouco de álcool e um
papo agradavelmente “louco”, será um instante interessante, inesquecível e
inebriante.
Gosto de gostar do que gosto...
Gosto do que faz meus olhos
brilhar...
Gosto da força, da fragilidade,
do antagônico, do simples, de conversas, de gente, de histórias, da chuva, do
frio, música me enlouquece e me acalma, lugares vazios me faz imaginar vidas,
prazeres e tristezas... Gosto inclusive da melancolia que nos abarca quando
esquecemos quem somos, e também da alegria do encontro, da alegria de voltar a
conversar com nós mesmos, essência!
Prazer! Felicidade! É importante
que sintamos prazer, para que a vida valha a pena, não creio em quem prega que a
vida é feita de martírio, creio que cada dia que surge é uma oportunidade a
mais que nos é dada para que sejamos felizes do nosso jeito... Cada um sabe o
que é preciso para sorrir verdadeiramente... Para alguns basta um nascer ou pôr-do-sol,
não creio em felicidades que custem milhões, mas acredito em instantes que
valham uma vida inteira.
Karlinha Ferreira