21 de nov. de 2016

Gil


Ainda sobre o tempo...
Ainda mais importante do que vê-lo, ou senti-lo passar, é saber viver cada fragmento que ele nos dispõe. Esse ano vem me mostrado o quão frágil e fugaz é a vida. Muitos adeus foram dados, e isso mexe demais comigo.
Acordei com uma saudade louca de conversar com Gil, o cara era demais, tinha uma grandeza daquelas que é rara de encontrar em alguém. Ele apesar de ser evangélico, de ter uma fixação por doutrinas da igreja. Nada disso nunca fez com que ele julgasse, nunca o fez se sentir melhor ou pior que qualquer outro.
Jamais li no Orkut qualquer coisa que deixasse alguém mal, por suas palavras. Ele era o cara.
Lembro que de Gil tive a oportunidade de me despedir, ele não era mais tão forte fisicamente, mas nunca se deixou abater. Apesar da dor causada pelo Câncer, da debilidade, seu sorriso e mansidão continuavam lá. Não sei se um dia existirá alguém como ele. A expressão dele era sempre de fim de tarde, aquela expressão boa, que fazia com que a gente se sentisse acolhido.
Já faz tanto tempo mas sua falta nunca será amenizada. Você era grande demais, bom demais, amigo demais... Os grandes jamais são esquecidos. Te amo, sinto sua falta.
Ele era bom demais para esse mundo, por isso foi levado depressa, é assim que tento me convencer. Gil foi embora cedo demais...Meu amigo, meu amarelo, até a próxima vez...
Karlinha Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário