19 de fev. de 2019

19-02-2019



Há um breve momento na vida que você percebe que apesar de tudo de ruim que está acontecendo no mundo, você está bem.
Que apesar do caos, de ser subjugada, você ainda assim conseguiu ficar bem.
Que mesmo você tendo tido um ano bem filho da puta, os problemas te envergaram pra caralho, mas você não quebrou.
Há um breve momento na vida, que você sente como se fizesse parte de algo maior.
Que os sonhos de outrora, ainda são possíveis.
Que você se sente realmente confortável na sua própria pele.
Por esse momento, por esse breve momento, você é feliz.
Durante esse momento você é apenas você e isso parece bastar, você não enxerga olhares, não vê nada além do que a sensação que aquele momento te proporciona... É um momento que faz você entender que está preparado para tudo, que você, e só você sabe a infinita felicidade que corre nas suas veias.
Há um momento que ser feliz é possível e basta, não precisa durar, só sentir.
Há um breve momento, que você não quer ser ninguém além de quem você é.
É um momento raro...

Karlinha Ferreira

12 de fev. de 2019

12-02-2019




Penso que seu modo de se vestir, de fazer caridade, de falar ou se portar não são nada quando você faz aquilo condicionado a uma recompensa futura. É muito mais sincero agir conforme suas vontades sem machucar ninguém, mas fazer pelos motivos certos, por algo que de fato faça seu coração palpitar.
Não acredito em verdades absolutas, não acredito que só um caminho é o certo, mas acredito na compaixão, no amor, na esperança, na luz e na energia que as pessoas emanam.
Você pode passar a vida agindo “certo”, mas pelos motivos errados, isso não te torna melhor do que aqueles que você julga, e o julgar é algo tão intrínseco que está no olhar, na intenção e não necessariamente no falar.
Admiro as pessoas leves aquelas que vivem suas vidas sem se preocupar com o que pensam a seu respeito, afinal o pensamento não é delas e sim do outo, então não pode se responsabilizar pelo que o outro faz.
Estereótipos, ser diferente, ser você... Não cabe a mim ou a ninguém julgar, óbvio que o diferente vai chamar a atenção, mas cabe a cada um trabalhar o preconceito que veio enraizado com nossa cultura empobrecida e apodrecida de rejeitar tudo que não entendemos ou tudo que gera desconforto em nosso mundo.
Somos egoístas por natureza, mas nosso egoísmo, nosso esforço para não saímos da nossa zona de conforto tem custado vidas, tem literalmente matado milhares de pessoas por dia, e não pense que nossas mãos estão limpas porque não fomos nós que deferimos o golpe, pois essa energia ruim, essa intolerância é quem puxa o gatilho e apedreja todos os dias, todos os momentos.
Temos o direito de divergir, mas não temos o direito de fazer alguém se sentir tão mal a ponto de não se sentir bem na sua própria pele, não é crime ser diferente. O verdadeiro amor é exercitado quando optamos em não julgar, mas entender que cada pessoa é um ser que carrega um mundo dentro de si, e que não é porque ela não se parece externamente com você que ela não sinta como você. Empatia, compaixão são as verdadeiras características do amor e a maior prova de humanidade.

Karlinha Ferreira