29 de abr. de 2018

29-04-2018


O tempo tem suas razões, embora nem sempre concordemos, embora ele seja por vezes rígido, há momentos que ele, somente ele sabe o que faz.
E quando ele decide ser generoso, tudo é mais leve tudo é tudo de novo. De um jeito melhor, mais eficaz, mais leve, mais...
Acredito que eu te deva desculpas querido tempo, pelo desrespeito e falta de entendimento. Sei que tu e somente tu sabes o que deve ou deverá ocorrer e quando.
Estou feliz pelo modo como agistes e hoje entendo, entendo que qualquer coisa feita fora do seu consentimento, depois de violada jamais volta a ser. E ser é o que importa.
A gente esquece quando esquece de esquecer, e sente novamente no momento que devemos sentir.
O sentir não se aprende, simplesmente toca ou não, simplesmente é.
E hoje sou, voltei a ser e como é bom ser invadida pela instiga no seu tempo, na sua hora. A brandura, a pluralidade, o destino que tu reservas.
Sou tua discípula agora e enxergo melhor que ontem, a ti tempo, agradeço.
Dedico-te minha compreensão e desprendo minhas asas porque o tempo chegou. Sei como chegar às nuvens, embora o olhar dos que não compreendem a grandeza do sentir creiam que os meus pés ainda estejam fincados no chão.
Só a ti devo algo, só a ti e aos teus feitos... Ser errante me ajudou a encontrar a parte de mim que outrora andava distante, estranha como uma desconhecida. Sinto-me mais inteira e sim, honrarei seus feitos.
Karlinha Ferreira

16 de abr. de 2018

15-04-2018


Algumas pessoas tem o dom de nos tocar e de fazer de nós melhores. Mesmo quando existe devassidão em nosso porão. Parece que elas têm o um jeito mágico de ver aquela bondade que até nós mesmos tínhamos esquecido que existia, e é isso que faz com que queiramos mais da vida, mais de nós mesmos.
O problema é que, às vezes, estamos perdidos demais para alcançarmos algo maior, e encontrar o caminho de volta nem sempre é fácil.
Lutar contra nossos impulsos, ou simplesmente admitirmos que aquilo seja de fato parte da nossa essência, e que apesar de machucar algumas pessoas é necessário jogar limpo para que se quiserem, ou assim decidirem ficar na nossa vida saibam exatamente onde estão se metendo.
O medo de nos mostrar é paralisante. Ficamos petrificados porque do nosso modo amamos, nos apaixonamos, e temos empatia. Esse lado diferente é só algo que também faz parte daquilo que está enraizado, e que não pedimos para ter, apenas temos.
Pergunto-me quem iria entender se todas as cartas fossem postas na mesa?
Karlinha Ferreira