É
difícil raciocinar, manter a calma quanto tudo em você clama por celeridade,
suplica por resultados. O tempo está passando depressa e o que sentimos é que a
cada dia que termina, nos distanciamos mais de tudo aquilo que havíamos
sonhado.
Nesses
momentos não costumamos enxergar com clareza, é como se estivéssemos nos
debatendo, apenas nos machucando, sem conseguir ir a lugar algum.
Aprendi
que preciso respeitar minhas conquistas, que apesar dos fracassos, sempre
voltei a ficar de pé e mesmo com a alma gritando de dor, de desespero,
continuei seguindo. Buscando.
Às
vezes supervalorizamos demais o que ainda não conquistamos e esquecemos de dar
o mérito devido as coisas que são nossas, as vitórias que ninguém sabia que
estávamos travando, mas nós sabíamos. É preciso parar de procurar motivos para
nos auto sabotar, porque não há nada pior que auto sabotagem.
Quando
a visão parece turva, quando não conseguimos enxergar o caminho, é preciso parar
e voltar, lembrar das promessas que nos fizemos, lembrar das escolhas que foram
feitas, e aprender a viver com o resíduo delas. As escolhas foram feitas por
nós, o mérito ou a frustação são nossos.
Tendemos
a acelerar quando estamos na ânsia de nos encontrar, mas vez por outra é
preciso parar e deixar a vida seguir seu fluxo, as coisas irão acontecer no
tempo certo. Apesar da ansiedade não há outra maneira de se chegar aonde se
quer sem se mover, é vivendo que se vive, um dia por vez... aos poucos
respeitando nosso tempo. A vida tem sua própria corrente, o que é pra ser
nosso, chegará a nós.
Karlinha Ferreira