É interessante como
cada um de nós tem uma percepção do tempo peculiar.
Para aquela pessoa que
está apaixonada, mas que o objeto do seu desejo não está na mesma frequência.
Enquanto esta pessoa espera, o tempo passa de forma desordenada e acelerada, é
segunda-feira, mas de repente já é mês que vem, e ela ainda continua pensando incessantemente
no ser amado.
Já para a outra pessoa
que está tentando uma nova conquista, é como se o tempo passasse em câmera
lenta. Ela conversa, manda mensagem, corteja e não se apercebe do tempo que
está passando, assim também o é para os enamorados.
As decepções às vezes
nos acorrentam, fazem com que paremos no tempo, sempre revendo o mesmo filme da
nossa vida. Inertes. Nos flagramos pensando no que poderia ter sido, mas não
foi. Em certos casos somos acorrentados por nossos próprios erros, por nossa
própria covardia. A nossa incapacidade de ter sido o melhor para quem amamos.
O que nos resta é
tentar sincronizar o tempo para que o rancor, a raiva e a incompetência sigam
seu fluxo normal.
Lidar com o que
poderíamos ter sido dói. Mas enxergar o leque de oportunidades daquilo que
ainda podemos ser, é libertador.
Kalinha
Ferreira
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