30 de set. de 2025

06-09-2025

 

(Foto: Nayla)

 

Esses dias fez um ano que passei a dividir minha vida com Nayla. Que passamos a morar juntas, nos amamos, respeitando. Também somos duas pessoas em um apartamento de dois quartos tentando coexistir.

Eu sempre fui amante da madrugada e da solitude. Sempre aproveitei bem minha própria companhia. Mas agora somos dois/duas, e que surpresa boa foi me perder nas conversas dela e ela nas minhas, e ter a oportunidade de ver o sol nascer, e de fato nos surpreender, porque a conversa estava tão boa, eu estava tão em casa, que tudo tinha gosto de lar.

E lar e cais são o que tentamos ser uma para outra, não é fácil, mas é satisfatório poder dividir sonhos e saber que estamos caminhando na mesma direção. Esse lance de morar junto não vem com manual de instruções, por isso ficamos felizes com os acertos, e conversamos bastante quanto aos erros, somos novas nisso, mas ninguém está disposto a desistir. Não por uma questão de orgulho, e sim, porque o amor traz consigo a resiliência.

Ela sabe respeitar meu espaço e eu tento respeitar o dela, e vivemos, e continuamos a viver nos descobrindo, e sabendo que aquelas duas pessoas que embarcaram nessa “loucura” de morar juntas, “casar”, já mudaram tanto, e ainda conseguem se amar tanto. E percebo que é aí que tudo faz sentido, não nos contentamos em conquistar e lidar diariamente com a pessoa que conhecemos tempos atrás, mas sim a essas pessoas que estão mudando diariamente e tentando se amar e se respeitar com suas individualidades, medos e  sonhos.

E como é bom sonhar contigo...

Karlinha Ferreira

 

19 de mai. de 2025

15-05-2025

 


 

Percebo que grande parte do sofrimento que sentimos é devido à ausência do amor que pensamos merecer. Nos magoamos, temos infinitas noites insones, choramos, ficamos amargos, praguejamos.

E o mais engraçado nisso tudo é que o amor real, aquele nos foi ofertado está apenas esperando que a gente o note, o aceite. Tantas e tantas vezes, nos colocamos em situações, passamos por momentos que normalmente não nos colocaríamos,  mas que acabamos por fazer porque queremos nos sentir amados. É uma necessidade meio louca, mas que nos persegue.

O mais importante que precisamos aprender sobre o amor é que sempre precisaremos fazer concessões. Mas não as do tipo que mudam sua essência, mas aquelas que permitem uma vida o mais equânime possível, que as partes se sintam vistas, ouvidas e acolhidas, mas para isso, temos que estar dispostos a colocar o "eu" de lado em prol do "nós".

Amor não se mendiga, amor se aceita e se oferece. O amor na mesma medida que é complexo, também é o mais simples dos sentimentos.  Não precisamos de jogos, apenas se permita sentir...

Amar é uma das poucas coisas na vida que não depende de ninguém, só de você, permita-se amar e tenha a coragem de ser amado.

 

Karlinha Ferreira

 

13 de mai. de 2025

13-05-2025

 


Uma das coisas que mais me entristecem é o fato de não ter conseguido manter algumas promessas, estar lá, sabe? Do jeito que prometi que estaria.

Sei que a vida é louca, desgovernada, mas temos que nos responsabilizar pela parte do caos que nos cabe. Às vezes, só queria ter atendido aquele telefonema, ter ouvido como disse que ouviria, ter tentado um pouco mais como sempre disse que tentaria, ter tido mais paciência, mais coerência.

O ponto é que mesmo me sentindo mal, mesmo depois de tanto tempo, vez ou outra, isso me atormenta, e o pior é que sei que talvez eu nunca tenha a chance de reparar tudo. E sequer pedir desculpas, pois talvez já não faça mais sentido para a outra parte, então oro aos deuses para que essas pessoas sejam protegidas e felizes. É pouco, sei disso, mas é o que posso fazer. Espero tão somente que, assim como minha oração silenciosa, que essas pessoas possam me perdoar e um dia despretensiosamente, possam sorrir quando pensarem em mim.

 

Karlinha Ferreira