Saudade, ô sentimento pra gerar aperto no coração. É o
típico sentimento que escolhe abraçar a gente. Não é um abraço dos melhores, a
gente chora, a gente xinga, a gente fica quieto, grita para o mundo... dá
cambalhotas, mas ele não some.
Precisa da pessoa certa, do abraço certo, do “você vai conseguir”, vindo da voz
certa.
Não tenho problemas em ter saudades, tenho problema
em mantê-la, não aguento. A vontade é de correr pros braços de quem a gente
quer e dizer: “vai mais não, fica. Mesmo se
eu te mandar embora, fica. Sou louca às vezes”. Mas não é o que a gente faz,
na maioria das vezes ficamos inertes esperando o tempo curar, e gritando com o
tempo para ele ir depressa, porque saudade dói. E dói pra cacete.
Queria usar termos fofinhos, mas não dá, porque
saudades a gente quer matar. Como usar um termo suave pra isso?
Penso, penso, mas não encontro, ao menos não quando
ela está assim, rasgando por dentro. Só ecoa o “vai não, fica” ou o “volta,
eu sou assim, mas fica”.
Karlinha Ferreira
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