Estou
sinceramente assustada com o ano de 2016.
São
tragédias de todos os tipos, muitos adeus sendo ditos precocemente, muitas
pessoas que estão sofrendo, sendo invadidas e a única sensação que fica além da
perda é a impotência. E a única pergunta que vem à mente é: quem será o
próximo?
Já
deu para perceber que não há uma ordem, que não há idade, apenas a partida.
Apenas a dor. Sei que não estou sentindo tudo isso sozinha, mas há um turbilhão
de pensamentos que nos invade.
Só
almejo paz, sei que tudo tem um propósito, mas cabe a mim não entender, cabe a
mim sentir raiva, dor, mágoa. E um dia talvez entender.
São
vidas cheias de vida, são jovens, tão jovens. Deveríamos ter uma chance real.
Hoje não consigo enxergar.
O
que vejo são pessoas tentando estancar o sangramento (inclusive eu), para
continuar lutando. Embora pareça que não tenhamos chance alguma.
Está
doendo, está difícil. “Um dia por vez”, esse sempre foi meu lema e continua
sendo. Sobrevivi por mais um dia.
Acredito
que precisamos fazer o melhor que podemos, agora, não há tempo para ser bom
amanhã, não há tempo para realizarmos nossos sonhos amanhã. Nosso momento é
agora, é hoje. Façamos o que melhor sabemos fazer: viver!
Não
ter o controle assusta, mas viver uma vida sem arrependimentos é o melhor, se
preparar para perdoar amanhã, de nada vai adiantar se não pudermos chegar lá.
Se for pra partir, que a partida seja leve, seja desvinculada de qualquer coisa
que tire nossa paz.
Hoje
mais do que nunca tudo em mim clama por vida. Uma vida bem vivida, uma vida com
risco, paixão, intensidade, com amor e com compaixão. Uma vida onde eu escolho
me dar uma segunda chance, de ser melhor agora. E de conquistar o mundo, porque
ele é nosso!
Somos tão jovens!
Karlinha Ferreira
Quem entende essa impotência diante da morte mata a arrogância! Só a paz e o amor seguem...
ResponderExcluir