12 de out. de 2015

Assim...




Sou insone. Não há muito o que se fazer, principalmente quando é uma noite tão agradável, tão compreensiva e acolhedora.
Às vezes não entendo o que está acontecendo, não tenho respostas apenas as perguntas. Minha mente está barulhenta, desordenada, não desacelera, não permite que eu descanse.
Vou até o terraço e olho para o céu e vejo uma estrela serena, calma, doce, que por um instante traz a paz que minha alma necessita. Sinto a brisa, fecho os olhos, e minha mente começa a trabalhar novamente, agora de um jeito mais sereno, como se soubesse que ali, na madrugada, ela pode ser livre, pensar o que quiser, na velocidade que quiser.
Meu corpo parece não conseguir acompanhar o ritmo da minha mente e tem diferentes reações, mas não importa se será de alegria ou angustia. É noite e posso ser quem eu quiser. Posso inclusive não ser ninguém desse mundo, desse plano, posso vagar e sentir dores, euforia ou aquela velha melancolia que vez por outra vem me visitar.
Gosto da sensação de ser livre, a liberdade talvez seja o meu ponto mais forte e mais fraco ao menos tempo. Mas disso não abro mão, ser livre, voar alto, ser quem eu sou sem subterfúgios.
A madrugada sempre terá isso de mágico para oferecer. E sempre estarei vagando, entremeando nessa magia.
Karlinha Ferreia

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