28 de jul. de 2010

Mistério


Perguntas-me o que sinto?
Como poderei definir em palavras o que sinto?
Como posso descrever essas inúmeras sensações?
Sei apenas que tua presença me torna plena, que esse estar perto me completa, que o simples tom da sua voz torna o mundo um lugar mais tranqüilo, e as coisas ao meu redor melhores...
Mas você não percebe...

Parece não querer acreditar no que sinto, me perguntas agora “o que queres de mim?”.
O que quero de ti? Simplesmente saber que você está aí, saber que meu porto ainda existe... Você é o meu cais, o leme e a vela que me impedem de ficar o tempo todo a deriva...

Mas não posso ser sincera com esse sentimento, não posso dar espaço a esta voz.
Como posso saber se é o que também queres? Como posso saber se não vais embora depois que eu ceder? Ás vezes a ideia, o sonho, o projeto torna-se perfeito justamente por isso, por não invadir a realidade, por ficar no reino da fantasia, onde tudo é perfeito.
Onde tudo e todos reagem a nós da forma que esperamos, e não que tememos, onde a reciprocidade de fato acontece...

Como podes perguntar tanto de mim se sempre reprimes a ti?
Como podes dizer que estou confusa se rejeitas o que sentes?
E como posso confiar no que sentes se nem tu aceitas?
Talvez não adiante lutar contra algumas coisas, talvez você esteja com a razão.

Por hora sei que gostaria de tocar, mesmo que isso pra ti não significasse muito...
Hoje queria te olhar e não falar nada...
Nesta noite ainda queria simplesmente a energia que nos agita e nos acalma sem o mundo perceber...
Neste momento, neste exato momento, queria você aqui...
Onde estais ó mistério meu?
És mistério agora até pra mim?




Karlinha Ferreira

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