27 de abr. de 2016

Inquietação


Aquela tão familiar e íntima inquietação voltou a me atingir. Ela sempre vem na fase que estou reexaminando os meus passos. Mesmo em movimento sinto que o meu caminhar não anda na mesma frequência que a vida que eu tivera/quisera outrora.
É como se eu estivesse a quilômetros de distância dos meus sonhos. Fico insatisfeita rápido, a monotonia é uma morte lenta da qual tento fugir de maneira gritante.
Olho pro mundo e sinto o tanto de coisas que tenho para conquistar, que posso conquistar, mas meus movimentos em direção a estas coisas são imperceptíveis diante da minha inquietação.
É algo que me tira o sono, me petrifica diante de tantos gritos internos. É como se eu fizesse sinais, mas ninguém visse, é como se a outra parte de mim ficasse inerte diante de tamanha agonia, essa agitação está ganhando mais espaço de forma voraz, e não vejo a hora de só dar ouvidos a essa inquietação.
Agir em busca dos nossos sonhos é a única forma de ser feliz e de se sentir bem consigo mesma, a auto realização só chega a nós através do que fazemos por nós mesmos, do nosso próprio esforço e suor.
Só nós sabemos o tamanho que nossos sonhos tem, não podemos deixá-los morrer. Ignorá-los seria como ignorar a própria vida.

Karlinha Ferreira