Aquela
tão familiar e íntima inquietação voltou a me atingir. Ela sempre vem na fase
que estou reexaminando os meus passos. Mesmo em movimento sinto que o meu
caminhar não anda na mesma frequência que a vida que eu tivera/quisera outrora.
É
como se eu estivesse a quilômetros de distância dos meus sonhos. Fico
insatisfeita rápido, a monotonia é uma morte lenta da qual tento fugir de
maneira gritante.
Olho
pro mundo e sinto o tanto de coisas que tenho para conquistar, que posso
conquistar, mas meus movimentos em direção a estas coisas são imperceptíveis
diante da minha inquietação.
É
algo que me tira o sono, me petrifica diante de tantos gritos internos. É como
se eu fizesse sinais, mas ninguém visse, é como se a outra parte de mim ficasse
inerte diante de tamanha agonia, essa agitação está ganhando mais espaço de
forma voraz, e não vejo a hora de só dar ouvidos a essa inquietação.
Agir
em busca dos nossos sonhos é a única forma de ser feliz e de se sentir bem
consigo mesma, a auto realização só chega a nós através do que fazemos por nós
mesmos, do nosso próprio esforço e suor.
Só
nós sabemos o tamanho que nossos sonhos tem, não podemos deixá-los morrer.
Ignorá-los seria como ignorar a própria vida.
Karlinha Ferreira